Exportações, investimento e turismo no topo da agenda das relações com a China

As exportações portuguesas para a China cresceram mais de 350 milhões de euros nos últimos dois anos e este será um dos dossiers em que a diplomacia económica vai continuar apostar, assegurou Paulo Portas, no evento o "Caminho das Exportações", a decorrer hoje em Macau. O investimento chinês em Portugal e o turismo são as outras áreas de aposta.

A China é o terceiro maior mercado de exportação português fora da União Europa e tem vindo a ganhar relevância nos últimos, sublinhou o vice-primeiro-ministro. "O relacionamento económico entre Portugal e a China, onde Macau tem um papel singular, tem sido muito relevante. Entre 2011 e 2012, as exportações portuguesas para a China cresceram 350 milhões de euros. A presença comercial de Portugal na China aumentou significativamente", afirmou Paulo Portas, na abertura do evento o "Caminho das Exportações", um projeto do Expresso, em parceria com a CGD, que se realizou hoje em Macau.

A entrada de empresas chinesas em Portugal, nomeadamente a China Three Gorges na EDP e a State Grid na REN, são sinais do interesse da China na economia portuguesa, que podem traduzir em investimentos futuros, admitiu o vice-primeiro-ministro. "Sim, a China foi determinante para o crescimento das exportações portuguesas. Sim, a agressividade do interesse das empresas portuguesas vai continuar a crescer", defendeu.

A diplomacia, garantiu o vice-primeiro-ministro, está a trabalhar para abrir portas às exportações portuguesas. Depois da certificação do leite português para venda no mercado chinês, o governo de Passos Coelho está agora a trabalhar num acordo para a área das carnes e da fruta.

O turismo é outra das áreas em que Portugal tem de apostar, defendeu Paulo Portas. Apenas 100 mil turistas chineses visitam Portugal por ano. "Temos de vender mais Portugal. Mas não é sol que interessa aos chineses, é a natureza e a história. Temos de perceber o que queremos vender á Ásia", defende. Nesse sentido é também importante que haja voos diretos Pequim-Lisboa e é nesse que o governo está a trabalhar, adiantou.

Fonte: Expresso