Federação Agro-alimentar quer apoios para internacionalização de empresas.

Temos vindo a defender um fundo único de apoio às exportações da indústria agro-alimentar de maneira a que esses fundos que andam por aí dispersos sejam canalizados para um instrumento maior que permita, efetivamente, a concretização daquilo que não é nenhum sonho, é uma possibilidade real de duplicarmos as exportações da indústria agro-alimentar, declarou, à margem do Fórum de Internacionalização do Sector Agro-alimentar.

Jorge Henriques considera que é preciso duplicar o atual valor das exportações (quatro mil milhões de euros) e que este podia ser um dos caminhos para apoiar um sector estratégico para a economia nacional, salientando que os apoios financeiros não têm sido suficientes.

A gestão do fundo caberia a uma entidade público-privada onde teria assento a indústria, através das suas organizações representativas e as entidades públicas.

Propusemos isso muito recentemente e apresentámos ao Conselho para a Internacionalização onde estão representadas as organizações de cúpula da iniciativa privada juntamente com os principais ministérios e que é uma entidade coordenada pelo primeiro-ministro, acrescentou.

Ainda assim, as empresas continuam a procurar soluções para dar rentabilidade aos seus ativos e a resistir à verdadeira depressão do mercado interno e têm tido resultados positivos.

Segundo Jorge Henriques, nos dois primeiros meses de 2013 a indústria agro-alimentar continuou a exportar em linha com as projeções da associação crescendo 12,7% face ao período homólogo, dando provas de grande vitalidade, apesar de apenas 23% empresas do setor exportarem regularmente.

Para o dirigente da FIPA, trata-se de um problema de financiamento, mas também cultural.

Tem de haver estímulos à concentração, à formação de consórcios que permitiam fazer a exportação em conjunto, apelou.

O mesmo sugeriu em relação às entidades que promovem a internacionalização e que se devem juntar num único chapéu.

Não há lugar num país pequeno como o nosso, pobre como o nosso, a uma multiplicidade de atores e agentes no apoio à promoção externa numa mesma mesa, defendendo um objetivo único que é Portugal. Não há lugar para as divergências nem de forma, nem semânticas, criticou.